Imagem ilustrativa Sistema Mirai © Avança Judô

Se eleito, Henrique Guimarães, candidato da chapa Avança Judô, promete dar prioridade ao projeto que, entre outras metas, visa a dobrar o número de filiados no próximo ciclo olímpico com o uso de recursos avançados da IA.

Por Avança Judô
11 de junho de 2024 / São Paulo (SP)

Uma das mais importantes inovações na gestão da Federação Paulista de Judô (FPJudô) da última década foi anunciada na reunião dos delegados de janeiro de 2024: a Plataforma de Gestão Esportiva Mirai.

Projetado para transformar radicalmente a administração financeira, técnica e esportiva da entidade, o sistema vai beneficiar delegacias regionais, agremiações, atletas, árbitros e oficiais técnicos, além de promover o controle das competições, do ranking estadual e demais setores administrativos.

Após a efetivação das três primeiras fases, a Plataforma Mirai estabelecerá um marco na administração da FPJudô, retirando a entidade do sistema analógico para colocá-la definitivamente na era digital.

Iniciado na gestão passada, o projeto é algo inédito e consiste no desenvolvimento de uma ferramenta com capacidade de abranger todos os setores da federação, cruzando e gerenciando dados, pois a sua configuração será dotada de recursos de Inteligência Artificial (IA), superando tudo que existe em termos de plataformas para administração e gestão desportiva.

Candidato a presidente da FPJudô na chapa Avança Judô, Henrique Guimarães explica a razão de tamanha expectativa sobre a plataforma.

“Consultei o setor responsável pelo desenvolvimento do programa e fiquei surpreso com as infinitas possibilidades e os recursos que ela comporta. Quando houve a intervenção, o projeto teve de ser suspenso em função das mudanças que seriam implementadas no curto prazo, mas entendo que, seja qual for a chapa vencedora, o projeto deve seguir adiante, tendo em vista a qualidade e as facilidades que proporcionará a toda a comunidade do judô paulista.”

Guimarães pontuou que a fase 1 do projeto já está quase concluída.

“Soube que o projeto atingiu 90% de sua formatação, restando muito pouco para ser implementado.

É a fase do Customer Relationship Management (CRM), que abrange a tecnologia e os processos utilizados por uma organização, o rastreamento de informações relevantes para detectar clientes potenciais, criar engajamento dos líderes, fechar negócios, manter clientes, estabelecer relações mais sólidas, aumentar vendas, criar um serviço ao cliente mais personalizado e, enfim, tornar tudo mais eficiente.

A primeira fase do projeto também contempla a implementação da carteirinha digital do atleta, acessível por meio de um aplicativo móvel.”

Henrique Guimarães destaca que o Mirai servirá como um grande facilitador na evolução do ecossistema de membros da federação © Arquivo

Henrique Guimarães destaca que o Mirai servirá como um grande facilitador na evolução do ecossistema de membros da federação © Arquivo

Mirai focará na gestão

Algumas pessoas estão questionando o investimento em uma nova ferramenta, mas é importante frisar que a plataforma Zempo, pensada e configurada para atender às demandas da Confederação Brasileira de Judô, não atende às necessidades da FPJudô que a fase 1 do Mirai já contempla.

Afinal, o Zempo é uma ferramenta com foco em competições, enquanto o Mirai envolverá a gestão e a evolução de seus membros, com foco no desenvolvimento do ecossistema como um todo e abrangendo não somente a dimensão competitiva, mas de formação. 

Nenhuma delas é superior ou inferior à outra. Elas apenas foram desenvolvidas com fins específicos.

Como foi explicado em janeiro, o novo sistema impõe um marco na digitalização e na centralização de informações fundamentais, redefinindo as operações administrativas, técnicas e esportivas do judô paulista.

Essencialmente, a Plataforma de Gestão Esportiva Mirai facilitará o registro integrado de todos estes agentes e introduzirá um sistema robusto para o gerenciamento de cadastros, perfis de usuários, controle de acessos e manutenção de logs históricos.

Estas inovações são vitais para assegurar a integridade e a segurança dos dados, além de permitir uma auditoria eficiente e 100% transparente.

O Zempo é uma ferramenta com foco em competições, enquanto o Mirai envolverá a gestão e a evolução de seus membros, com foco no desenvolvimento do ecossistema como um todo e abrangendo não somente a dimensão competitiva, mas de formação.

Ainda em janeiro, o desenvolvedor dos serviços do sistema explicou que foi dedicada especial atenção aos aspectos de UX (experiência do usuário) e UI (interface do usuário), assegurando não só a funcionalidade, mas também a intuitividade e a eficiência do aplicativo.

Segundo ele, um aspecto inovador do Mirai é a criação de perfis e áreas de acesso segregadas e específicas para delegacias e agremiações, funcionalidade inédita que proporcionará uma gestão mais eficiente e segura desses setores.

Esta característica será uma novidade importante na FPJudô e promete melhorar significativamente a organização e a comunicação entre diferentes níveis e departamentos.

Aba das agremiações © Reunião dos Delegados 2024

Aba das agremiações e carteirinha digital © Reunião dos Delegados 2024

Fase 2

A fase 2, que ainda não foi aberta, envolve a gestão das competições propriamente ditas, abrangendo a composição das chaves, a pesagem, relação de atletas, categorias e classes, oficiais técnicos e arbitragem.

Essa parte do Mirai será utilizada nos eventos que o Zempo não cobre, mas poderá ser integrada a ele.

Mas é muito importante ter em conta que esta fase somente será iniciada após a finalização e a entrega da fase 1 e ainda dependerá da autorização da CBJ, bem como da viabilidade técnica para que os sistemas interajam.

Outro objetivo da fase 2 é a utilização total dos placares de LED das áreas de luta, com identificação completa, ou seja, contendo a etapa da luta, a pontuação com as respectivas punições, além dos nomes dos atletas e das agremiações e da discriminação do vencedor.

Esta fase somente será iniciada após a finalização e a entrega da fase 1 e ainda dependerá da autorização da CBJ, bem como da viabilidade técnica para que os sistemas interajam.

Fase 3

O Mirai está sendo desenvolvido para abranger plenamente outras áreas. Talvez não integralmente, mas certamente em pontos específicos.

E quando falamos em evolução do sistema, ela se dará em fases ao longo de um cronograma de melhorias a médio prazo. Assim, informações técnicas poderão ser desenvolvidas nele por meio do aplicativo (app) do atleta, que poderá ter acesso aos conteúdos técnicos, regulamentos, calendário de eventos e pontuação para promoções, entre outros.

Nas próximas fases do Mirai serão incluídas funcionalidades avançadas, como o acompanhamento detalhado do histórico de graduação dos atletas, monitoramento das pontuações para processos de graduação ou promoção e a gestão eficiente de competições.

Vários itens serão desenvolvidos com suporte da Inteligência Artificial, o que sugere um número infinitamente maior de inovações na gestão.

Tudo isso reflete compromisso contínuo com a excelência no esporte e a inovação na gestão esportiva. O sistema Mirai colocará a federação paulista na vanguarda tecnológica do setor esportivo, prometendo impactos significativos e benéficos para todos os envolvidos. 

Nas próximas fases do Mirai serão incluídas funcionalidades avançadas, como o acompanhamento detalhado do histórico de graduação dos atletas, monitoramento das pontuações para processos de graduação ou promoção e a gestão eficiente de competições. 

O Mirai atenderá todos envolvidos no processo: judocas que não competem, técnicos, delegados, dirigentes e representantes das agremiações filiadas, atletas e até mesmo seus familiares © Avança Judô

O Mirai atenderá todos envolvidos no processo: judocas que não competem, técnicos, delegados, dirigentes e representantes das agremiações filiadas, atletas e até mesmo seus familiares © Avança Judô

Henrique Guimarães destaca que o Mirai servirá como um grande facilitador na evolução do ecossistema de membros da federação.

“Pelo que a equipe técnica avalia, esta é uma função que o Zempo não realiza. O Mirai permitirá integração de dados com outras bases. Poderemos desenvolver plug-ins e usar o sistema de compartilhamento de resultados em competições, entre outros.”

Mas, na prática, o Mirai vai muito além porque atenderá de forma rápida e dinâmica, todos envolvidos no processo, como judocas filiados que não competem, professores da frente educacional e acadêmica, técnicos, delegados, dirigentes e representantes das agremiações filiadas, atletas e até seus familiares, nos casos de menores de idade.

Com apenas um clique todos terão o calendário, a carteirinha, os resultados em tempo real, notícias, cursos, rankings, regras, graduação, documentos, história, fotos, vídeos, links de transmissões, tudo na palma da mão.

Por outro lado, a FPJudô terá um canal de comunicação direto e confiável para dialogar com cada grupo ou segmento.

Com apenas um clique todos terão o calendário, a carteirinha, os resultados em tempo real, notícias, cursos, rankings, regras, graduação, documentos, história, fotos, vídeos, links de transmissões, tudo na palma da mão. 

Aba dos atletas © Reunião dos Delegados 2024

Aba dos atletas © Reunião dos Delegados 2024

Outro exemplo é a simples convocação de uma assembleia que poderá ser feita pelo Mirai. Além da segurança e da rapidez, a plataforma promoverá enorme economia em todo e qualquer processo que envolva recursos humanos.

A equipe que desenvolve a plataforma prevê que a interatividade do sistema colocará todos os dojôs, clubes, escolas do ensino fundamental, projetos sociais e espaços onde o judô é praticado no mapa do judô do Estado de São Paulo.

Isso permite prever a criação de novas divisões e um aumento de 100% no número de filiados no próximo ciclo olímpico.

Com isso a FPJudô terá um ativo precioso que interessará a possíveis parceiros, patrocinadores e certamente poderá ser monetizado.

 

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