Raul de Mello Senra Bisneto, o professor kodansha shichi-dan (7º dan), candidato a vice-presidente da FPJudô © Arquivo

Candidato a vice na chapa Avança Judô, o ex-delegado da Alta Paulista também destaca a importância da renovação administrativa e de planejar o futuro com novas tecnologias e a inclusão.

Por Avança Judô
22 de maio de 2024 / São Paulo (SP)

Dando sequência à proposta de apresentar o perfil dos componentes da chapa Avança Judô, vamos falar sobre outro candidato a vice-presidente, o professor kodansha shichi-dan (7º dan) Raul de Mello Senra Bisneto, empresário do agronegócio e dono de uma trajetória incomum dedicada ao desenvolvimento do judô na região da Alta Paulista.

Natural do Rio de Janeiro, Senra nasceu em 23 de março de 1958 e deu seus primeiros passos nos tatamis no dojô do professor Almir Ribeiro, na Tijuca, quando tinha apenas 6 anos.

Ou seja, acumula 60 anos no caminho da suavidade, 30 deles à frente da 4ª Delegacia Regional Alta Paulista da Federação Paulista de Judô, alcançando o sho-dan em 1986.

Sensei Raul assumiu o comando da Alta Paulista em 14 de abril de 1994 e desligou-se no início de março deste ano para compor a chapa Avança Judô.

Austero, íntegro e fervoroso entusiasta, o ex-delegado regional exerce liderança natural sobre o grupo das cinco delegacias que compõem a região Centro-Oeste do Estado de São Paulo, que tem como principais centros urbanos as cidades de Marília, Bauru, São José do Rio Preto, Araçatuba, Presidente Prudente, Tupã e Itapeva – o que explica sua longevidade à frente da Alta Paulista.

Raul Senra na reunião dos delegados de 2018

Raul Senra na reunião dos delegados de 2018 © Arquivo

Refinamento Técnico

Segundo o professor Senra, apesar de ter começado no Rio de Janeiro com o sensei Almir Ribeiro, o grande aprendizado e o refinamento da arte é fruto de sua convivência com o sensei Tosuki Sugi.

“Sem demérito algum ao meu primeiro sensei, e até mesmo por todos os ensinamentos que recebi quando me mudei para Tupã, considero meu sensei aquele com quem reiniciei o judô, ou seja, Tosuki Sugi, no dojô da Associação Cultural Esportiva e Recreativa de Tupã (Acert), em 1981.”

Sobre o provérbio de Jigoro Kano com o qual mais se identifica, o ex-delegado revela mais uma faceta de sua visão de judô. Para ele, a frase mais impactante do professor Kano é: Nunca te orgulhes de haver vencido um adversário, o que venceste hoje poderá derrotar-te amanhã.

“Isso é muito profundo porque é uma grande verdade, já que às vezes nós fazemos pouco caso dos outros e, quando vemos, o nosso tapete voou.”

Mas para o sensei Senra existe, outra frase bastante emblemática sob o ponto de vista do desenvolvimento pessoal: a única vitória que perdura é a que se conquista sobre a própria ignorância.

Sobre seu tokui-waza quando competia, Raul Senra mostra que trilhou uma linha tradicional do judô.

“A minha escola foi uma das mais completas por ter convivido com nomes como Tosuki Sugi e Uishiro Umakakeba, senseis que desenvolveram um trabalho fenomenal fazendo história no judô brasileiro.”

Meu tokui-waza envolvia uma série de técnicas, entre as quais eu utilizava muito o sasae-tsurikomi-ashi, harai-goshi e seoi-otoshi, a técnica que me assegurou o título de campeão brasileiro máster. 

Sempre busquei variar minha sequência de técnicas, pois a velha escola pregava sempre carregarmos para o shiai-jô uma caixa de ferramentas com todo o equipamento necessário para chegar ao ippon e, consequentemente, à vitória.” 

Raul Senra entre os delegados regionais, André Gustavo Costa Gonçalves, Wilmar Terumiti Shiraga e Fábio de Almeida Feltrin

Raul Senra entre os delegados regionais, André Gustavo Costa Gonçalves, Wilmar Terumiti Shiraga e Fábio de Almeida Feltrin © Arquivo

Desafios do Passado

Olhando para o passado, sensei Raul fala sobre problemas enfrentados ao tornar-se delegado regional.

“O maior desafio naquele momento era assumir uma delegacia regional numa região totalmente acostumada com a colônia japonesa. Meus antecessores haviam sido todos japoneses ou descendentes. Só que eu já tinha um certo jogo de cintura no relacionamento com os judocas oriundos da colônia, sabendo trabalhar e tendo todos sempre ao meu lado. Credito grande parte do sucesso que obtive a este entendimento, já que no dia 14 de abril de 2024 completei 30 anos como gestor da 4ª Alta Paulista.”

O ex-dirigente explica como conseguiu fomentar o judô numa das regiões mais pobres do Estado de São Paulo.

“Aqui todos trabalham em conjunto. Um formato que pode até ser chamado de irmandade, pois são cinco delegacias regionais interligadas, cujos dirigentes procuram eliminar toda e qualquer dificuldade surgida. O grupo busca sempre estimular e imprimir uma política de qualidade no trabalho e no serviço prestado, demonstrando muita dedicação, abnegação e respeito a todos os associados.”

Expertise Acumulada

Focando especificamente no processo eletivo, Raul Senra mostra por que acredita que a expertise acumulada em 30 anos como delegado regional poderá ajudá-lo no fomento e no desenvolvimento do judô da Região Centro-Oeste e do interior do Estado.

“Falar sobre gestão é algo bastante complexo, pois teríamos de discorrer sobre cada setor da entidade. Enquanto vice-presidente, pretendo rever alguns aspectos daquilo que vem sedo realizado, mas são coisas muito pontuais.

Entendo, primeiro, que temos de parar com o achismo. A maioria do pessoal acha isto ou aquilo, mas ninguém está achando nada porque não há nada para procurar. Não podemos nos classificar uns aos outros como feios ou bonitos, certos ou errados.

Temos de andar de mãos dadas para procurar qualificar muito mais os nossos professores e fazer um trabalho digno em prol daquilo a que nós realmente nos dedicamos e de que gostamos, ou seja, aquilo que o professor Jigoro Kano nos ensinou: o judô.”

“Temos de andar de mãos dadas para procurar qualificar muito mais os nossos professores e fazer um trabalho digno em prol daquilo a que nós realmente nos dedicamos e de que gostamos, ou seja, aquilo que o professor Jigoro Kano nos ensinou: o judô.” 

Juliana de Moura, Maria Cecília de Moura Senra e Raul de Mello Senra Bisneto compõem a família de judocas

Juliana de Moura, Maria Cecília de Moura Senra e Raul de Mello Senra Bisneto compõem a família de judocas © Arquivo

Renovação na Gestão

Ao falar sobre a importância do processo de renovação na gestão esportiva Raul Senra dá ênfase à administração da Federação Paulista de Judô, uma das maiores e principais entidades desportivas do País no âmbito do rendimento, na prospecção de talentos, no refinamento técnico e principalmente na conquista de pódios olímpicos.

“A renovação na gestão esportiva é um pilar fundamental para o desenvolvimento e o sucesso de entidades como a Federação Paulista de Judô, uma das mais destacadas no cenário desportivo brasileiro.

A administração da entidade tem mostrado um compromisso com a transparência e a governança eficiente, elementos essenciais para a renovação do quadro de atletas por meio da revelação e formação de talentos e a conquista de resultados expressivos, como pódios olímpicos.

A integração entre as federações e a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) é crucial para fortalecer o judô nacional, e a FPJudô tem sido pioneira nesse processo, colocando a gestão desportiva em consonância com a administrativa.

Além disso, a manutenção do compromisso com a democracia e a renovação, evidenciada pela realização de eleições periódicas, assegura a continuidade do processo democrático e a escolha de representantes alinhados com os valores e objetivos da entidade.”

“A renovação na gestão esportiva é um pilar fundamental para o desenvolvimento e o sucesso de entidades como a Federação Paulista de Judô, uma das mais destacadas no cenário desportivo brasileiro.” 

Senra considera essencial executar um trabalho de qualidade, tendo bom senso e agindo dentro das regras estipuladas.

“Um ponto importante é alcançar o nivelamento estrutural do judô da capital, do litoral e do interior. No caso do litoral, em conversa com sensei Yokoti, discutimos a possibilidade de as delegacias 2ª Vale do Paraíba, 9ª ABC, 10ª Central, 11ª Litoral e 14ª Vale do Ribeira formatarem um modelo próximo ao que existe no Centro-Oeste, visando a fomentar o desenvolvimento técnico e estrutural, pois todas estão próximas e podem tirar proveito dessa conglutinação.”

Desafios da Administração

Um dos delegados regionais com maior vivência, sensei Raul avalia os principais obstáculos vencidos pela entidade nos últimos anos.

“Os desafios enfrentados pela FPJudô são multifacetados e refletem a complexidade da gestão esportiva moderna. Um dos principais é a adaptação às consequências da pandemia de covid-19, que exigiu de todos os setores uma transformação significativa na gestão e na operação como um todo.

A FPJudô teve de inovar, adotando novas abordagens para manter o judô ativo e acessível, ao mesmo tempo em que garantia a segurança de todos os envolvidos.

Outro desafio é a profissionalização contínua do esporte, que requer formação de atletas e técnicos altamente capacitados, um objetivo que a entidade busca alcançar por meio de programas como o Keisei no Michi – Caminhos da Formação.

Além disso, a inclusão do judô no currículo escolar representa um esforço significativo para expandir o alcance profissional da modalidade e promover seus valores educacionais.

A federação também enfrenta o desafio de manter a excelência e a competitividade no cenário nacional e internacional, o que requer investimento contínuo nas categorias de base e divisões de acesso, fortalecendo as fundações para o futuro do judô paulista.”

“Os desafios enfrentados pela FPJudô são multifacetados e refletem a complexidade da gestão esportiva moderna. Um dos principais é a adaptação às consequências da pandemia de covid-19, que exigiu de todos os setores uma transformação significativa na gestão e na operação como um todo.” 

O professor kodansha de Tupã não esconde o que acha que pode ou deve ser feito para que o judô seja mais disseminado e praticado em todo o Estado.

“Nota-se claramente que muitas classes foram condensadas, e muita gente coloca a culpa na pandemia. Eu até coloco nesse fator um percentual de 25%, mas os 75% restantes estão atrelados à falta de capacitação de muitos professores.

Falo isso porque na Alta Paulista foram montados vários módulos, convidamos os professores, e nunca se cobra pela participação dos ouvintes.

Fora isso, sempre se enaltece a presença dos professores inscritos nesses módulos de qualificação. Hoje mesmo houve um treinamento na regional com um volume de participantes muito grande, com a presença de professores da 5ª Noroeste, da 6ª Araraquarense e da 16ª Sul Itapeva.

Sempre existiu um trabalho de difusão visando a qualificar devidamente os professores e a elevar o nível técnico do judô na região, mas não é isso que se vê em outras partes do Estado. E isso precisa ser visto.”

Raul Senra em evento da 4ª DR Alta Paulista

Raul Senra em evento da 4ª DR Alta Paulista © Arquivo

Sobre Continuísmo

Integrar a chapa que concorre à direção da FPJudô, depois de 30 anos à frente de uma delegacia regional, não significa continuísmo, na visão de Raul Senra.

Ao contrário: além de nunca ter ocupado cargo na diretoria da entidade, sua vivência no ambiente judoísta do interior pode contribuir com novas ideias para organização da modalidade em todo o Estado.

“Querendo ou não, todo ser humano é passível de se acomodar na função que exerce na medida em que os anos passam.

Não é o meu caso. Sempre busquei me policiar e manter-me ativo, procurando de todas as formas acompanhar a evolução dos procedimentos técnicos e administrativos.

Cobrava meus professores para se qualificarem constantemente porque eles só têm a ganhar.

Basta observar: se uma academia vai bem, é porque o professor é bom. Se for mal, certamente é porque o sensei não quis se atualizar e participar do processo de modernização constante e contínua que o judô vive nas últimas décadas.”

Projetar o Futuro com base na Tradição

É possível projetar o futuro do judô com base na tradição e no conteúdo filosófico legado pelo professor Kano, o sensei que em 1882 deu início ao processo de internacionalização de uma modalidade esportiva que se tornaria olímpica?

A resposta de Raul Senra é enfática:

“Minha visão é que o futuro do judô, fiel à tradição e ao legado filosófico de seu fundador, pode ser projetado por meio da continuidade da prática dos princípios estabelecidos por ele.

Kano sensei via o judô não apenas como um esporte, mas como um meio para o desenvolvimento humano, enfatizando valores como respeito, honestidade, autocontrole, amizade, cortesia, honra, coragem e modéstia.

Embora estes valores não tenham sido formalizados por Kano em um Código Moral do Judô, refletem os ensinamentos filosóficos de Confúcio, que Kano adotou e promoveu.

Para assegurar que o judô continue a ser uma ferramenta educacional e de formação humana, é essencial que os instrutores e praticantes se comprometam com esses valores e os transmitam às novas gerações”.

“Minha visão é que o futuro do judô, fiel à tradição e ao legado filosófico de seu fundador, pode ser projetado por meio da continuidade da prática dos princípios estabelecidos por ele.”  

Além disso, Senra defende que o judô continue a evoluir tecnicamente, mantendo a relevância no cenário esportivo.

Isso não implica perder sua essência filosófica.

“Os processos de internacionalização e de inclusão do judô no programa olímpico, iniciados por Kano, devem prosseguir, promovendo o intercâmbio cultural e a compreensão mútua entre os praticantes ao redor do mundo.

Assim, o judô pode continuar a ser um exemplo de como um esporte consegue transcender a competição e contribuir para a formação de indivíduos íntegros e uma sociedade mais harmoniosa.”

Em 2013 os professores kodanshas Uishiro Umakakeba e Goro Kosaihira foram a São José do Rio Preto prestigiar a cerimônia de outorga de graus na qual Raul Senra recebeu o roku-dan (6º dan)

Em 2013 os professores kodanshas Uishiro Umakakeba e Goro Kosaihira foram a São José do Rio Preto prestigiar a cerimônia de outorga de graus na qual Raul Senra recebeu o roku-dan (6º dan) © Arquivo

Novas Tecnologias e Inclusão

Sobre a Inteligência Artificial e novas tecnologias digitais, um dos temas mais discutidos e controversos da atualidade, Raul Senra entende que os recursos modernos devem ser aplicados em todos os setores da prática esportiva, e até com maior ênfase no judô.

“O judô pode e deve adaptar-se às mudanças sociais e às novas tecnologias ao incorporar metodologias inovadoras de treinamento, até mesmo para promover a inclusão social. 

Por exemplo, o uso de realidade virtual e simulações pode criar ambientes de treinamento mais seguros e eficientes, possibilitando aos atletas estudar e praticar técnicas e estratégias sem o risco de lesões.

Além disso, o judô adaptado oferece uma versão inclusiva do esporte, permitindo que pessoas com deficiências participem ativamente, promovendo a persistência e a superação de limitações físicas.”

“O judô pode e deve adaptar-se às mudanças sociais e às novas tecnologias ao incorporar metodologias inovadoras de treinamento, até mesmo para promover a inclusão social.”

Mais ainda: a tecnologia também pode ser aplicada na arbitragem, com sistemas de replay de vídeo mais eficazes para garantir a lisura nas competições.

“Essas adaptações não apenas mantêm o judô relevante e acessível, mas reforçam seus valores fundamentais de respeito e formação humana, alinhando-se com a visão original de Jigoro Kano. A expansão global do judô, com sua crescente popularidade em diferentes culturas, demonstra sua capacidade de adaptar-se e permanecer significativo num mundo em constante evolução.”

Raul Senra lembra que a inclusão é um ponto muito pouco abordado quando o assunto é gestão.

“Quem analisar melhor perceberá que em modalidades como o taekwondo e tênis de mesa, por exemplo, são as entidades olímpicas que fazem a gestão do paralímpico, mas no judô isso não acontece.

Nada impede, porém, que a FPJudô passe a desenvolver um trabalho nessa área e certamente teríamos o respaldo de entidades como o Comitê Paralímpico do Brasil (CPB).

Penso que temos expertise e know-how para impulsionar esta classe.

“Podemos e devemos lançar um olhar mais amplo para o desporto paralímpico”, insiste o dirigente, “a exemplo daquilo que várias entidades de administração esportiva olímpicas já estão fazendo e colhendo excelentes resultados.”

Cito como exemplo a judoca Alana Maldonado, uma menina diagnosticada com a doença de Stargardt, oriunda da mesma escola que eu (a Acert de Tupã), que se projetou no mundo do judô com medalhas conquistadas nas principais competições internacionais, entre as quais o ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 no 70kg.

Ela defende a Sociedade Esportiva Palmeiras desde 2017.

Foi eleita a melhor atleta de judô nos anos de 2016, 2017, 2018 e 2021. Seu nome ecoa dentro e fora do Brasil como ocorreu no mundial de judô paralímpico em Portugal (2018) e no Grand Prix Internacional Tashkent, no Uzbequistão (2019).

Ela foi vice-campeã nos jogos paralímpicos 2016. Conseguiu a medalha de prata nos jogos Parapan (Lima, 2019) e nos jogos mundiais Fort Wayne (2019). Esses são apenas alguns dos títulos internacionais de Alana e, de quebra, ela foi a primeira mulher brasileira do judô a conquistar a medalha de ouro em uma edição de Jogos Paralímpicos.”

“Podemos e devemos lançar um olhar mais amplo para o desporto paralímpico”, insiste o dirigente, “a exemplo daquilo que várias entidades de administração esportiva olímpicas já estão fazendo e colhendo excelentes resultados.

É fundamental destacar que o judô paralímpico não só promove a inclusão, mas também acolhe, transforma e cumpre um papel social determinante.”

Metas para a Gestão

O sensei de Tupã não poderia encerrar esta entrevista sem detalhar aquilo que projeta como sua importante contribuição para o desenvolvimento técnico do judô paulista após a eleição, que deve ocorrer nos próximos meses.

“Se tudo der certo, eu espero que nesse mandado tampão consigamos dar continuidade ao bom trabalho e ao projeto de inovação que vinha sendo realizado pela antiga diretoria.

Isso vem de um trabalho progressivo, de dedicação e abnegação, principalmente dos 16 delegados regionais, porque todos participaram, colaboraram e se entregaram para alicerçar o sucesso dessa gestão.

E, dentro disso, nós temos que dar prosseguimento ao projeto e procurar executar e entregar o plano de gestão da melhor maneira possível porque, querendo ou não, a mola mestra do judô praticado neste País está no Estado de São Paulo.”

“Se você não possui qualidade técnica básica, significa que você não domina os recursos pedagógicos e técnicos necessários para ministrar judô adequadamente.”

Senra enfatiza que, se eleito, sua proposta prioritária é a qualificação dos professores.

“Esse trabalho pode ser realizado pelas delegacias regionais em parceria com a coordenação de cursos, por meio de encontros periódicos e obrigatórios que avaliarão o nível de conhecimento técnico dos nossos professores.

Entendo que a verdadeira transformação passa prioritariamente pela qualificação dos docentes da nossa modalidade.”

Senra traduz seu objetivo em outras palavras:

“Quando realizamos treinos em grupo, percebo uma desqualificação significativa; muitos praticantes não sabem o básico. E, se alguém não sabe o básico, não poderá dar continuidade ao trabalho qualitativo que o judô exige.

Quem não possui qualidade técnica básica também não domina os recursos pedagógicos e técnicos necessários para ministrar judô adequadamente.

Da mesma forma que sempre fazemos na arbitragem, devemos adotar práticas semelhantes nas áreas pedagógica e de ensino.

Acredito que essa abordagem resultará numa qualificação imensa do judô do Estado de São Paulo.”

“Se tudo der certo, eu espero que nesse mandado tampão consigamos dar continuidade ao bom trabalho e ao projeto de inovação que vinha sendo realizado pela antiga diretoria.”

 

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